sábado, 16 de fevereiro de 2013

Harlow e as experiências com primatas


Harlow realizou experiências com macacos, separou os macacos recém-nascidos das suas mães e, para verificar se o conforto era mais importante que o alimento para a vinculação, colocou-os sucessivamente numa jaula com duas mães-substitutas artificiais: uma feita de arame e com um biberão preso à zona do peito; outra feita de tecido felpudo suave e macio, mas sem qualquer fonte de alimentação. Harlow pretendia saber quanto tempo os macacos recém-separados das suas mães biológicas passariam junto da mãe artificial equipada com um biberão. Harlow verificou que os jovens animais estabeleciam facilmente um vínculo com a “mãe de veludo”, permanecendo a maior parte do tempo abraçados a ela e procurando o conforto que a “mãe de arame” não lhes podia dar. Mesmo quando sentiam fome ou queriam explorar objectos das imediações, tentavam uma posição que lhes permitisse não perder o contacto com a mãe mais confortável.

A necessidade de contacto aconchegante era uma base mais forte para a formação de um vínculo do que a satisfação da fome ou da necessidade de sucção. E por outro lado, a mãe felpuda fornecia uma base de segura a partir da qual o macaco-bebé podia explorar o meio ambiente. Harlow introduziu uma nova variante, um urso gigante de peluche que produzia um barulho arrepiante ao bater num tambor. Amedrontados, os pequenos macacos fugiam e refugiavam-se junto da “mãe” de tecido felpudo, não procurando a “mãe” de arame.

 
Harlow concluiu que , após estabelecido o vínculo com a mãe, esta funcionava como símbolo de protecção, capaz de evitar o sentimento de medo face a situações estranhas.


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