quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Não comas o marshmallow

A consciência de si pressupõe a auto-organização da nossa conduta, dos objetivos e potencialidades. Esta força autorreguladora permite que possamos adiar gatificações imediatas (satisfação das necessidades) em favor de objetivos a longo prazo (realização de projetos).
Um dos primeiros e mais célebres estudos sobre esta temática foi realizada na década de 1960 quando o psicólogo Walter Mischel deu início a um importante projeto experimental que pretendia avaliar o autocontrolo e a capacidade das crianças para adiar gratificações.
Realizadas as investigações sobre a personalidade e conhecidas como o teste dos marshmallows, as experiências de Mischel implicavam o seguinte desafio: uma criança  de 4 anos é levada por um adulto para uma sala. Passados alguns instantes, o adulto diz à criança que precisa de se ausentar, e nessa altura é proposto à criança um prémio consttituído por duas guloseimas, se conseguir aguardar pelo regresso do adulto. Caso não consiga esperar, ganha apenas uma, mas imdediatamente.
Qual a probabilidade de uma criança resistir a este desafio? Aos 4 anos, poucas crianças aos 15 ou 20 minutos de espera. Por isso, a maioria das crianças (duas em cada três) apoderou-se da única goluseima. Quanto às crinaças que conseguiram vencer a tentação, usando várias estratégias (tapar os olhos, olhar para o teto) para tentar lutar contra o impulso de comer.

Miscel conclui que as crianças que conseguiram esperar pela segunda guloseima utilizaram estratégias de autoproibição e eautodistração, o que indicava que o autocontrolo tinha mais a ver com as estratégias e esforço consciente do que com um comportamento natural das crinaças.